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"Estado de SP inicia Campanha “Julho Amarelo”"
"Um alerta às infecções virais das hepatites A, B e C"

A cada ano a luta contra as hepatites virais ganha mais relevância. O assunto é tão importante que, em 2019, a campanha Julho Amarelo foi instituída no calendário nacional de saúde. Segundo o Ministério da Saúde (MS), de 1999 a 2020, um total de 254.389 pessoas foram diagnosticadas com o vírus da hepatite B e 262.815 com o vírus da hepatite C no Brasil.
Em São Paulo e nos municípios paulistas, as Secretarias de Saúde oferecem à população medidas preventivas, com a aplicação de vacinas, e tratamento que inclui a distribuição de medicamentos. Atualmente, ao passar em consulta médica na rede de saúde do município, o paciente poderá realizar exames sorológicos capazes de detectar o vírus da hepatite. Caso haja a confirmação dos tipos B ou C, os mais comuns, ele é encaminhado para o Ambulatório de Especialidade da região, e, se houver indicação para terapia medicamentosa, esta é liberada em seguida.
O que são as hepatites virais
As hepatites virais são infecções silenciosas que prejudicam o funcionamento do fígado e, ao longo do tempo, se não forem tratadas, lesionam consideravelmente os tecidos do órgão. As alterações provocadas pelo vírus no corpo humano são avaliadas em três níveis: leve, moderado ou grave.
Existem 5 tipos de hepatite: tipos A, B, C, D e E. No Brasil, as mais comuns são as do tipo A, B e C. Além da origem viral, elas têm em comum o fato de que na maioria absoluta dos casos não apresentam sintomas e quando apresentam, são febres, cansaço, tontura, mal-estar, olhos amarelados, urina escura, fezes clara, dores abdominais e enjoos.
Hepatite A – a infecção pelo vírus HVA se dá de maneira fecal-oral (contato de fezes com a boca) e tem grande relação com alimentos ou água contaminados, ou não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são os contatos pessoais próximos e os contatos sexuais. Por isso, vale ressaltar os cuidados com higiene como essenciais à prevenção. A doença é prevenível também por vacina, que está disponível no calendário infantil de vacinação.
Hepatite B - é transmitida por meio de fluidos corporais (sangue, secreções, entre outros), o meio de transmissão mais comum é o sexual. Uma vez que a hepatite B se torne crônica, a partir do sexto mês de infecção, e atinja o fígado, o paciente terá que usar medicamentos permanentemente. Essa doença não tem cura, mas há a prevenção por meio de vacina disponível dentro do calendário infantil de vacinação, e também para adultos.
O vírus pode ser passado de mãe para filho principalmente no momento do parto. Caso a gestante tenha hepatite B e não faça o tratamento adequado, além de cuidados com o recém-nascido (como aplicação da vacina contra hepatite B e imunoglobulina anti-hepatite B nas primeiras 24 horas de vida), as chances de transmissão da doença chegam a 90%.
Hepatite C - é transmitida quando há alguma perfuração na pele e existe o contato com sangue de pessoa doente por meio de material perfurocortante contaminado, como agulhas e lâminas. Assim como a hepatite B, a C também pode ser transmitida da mãe para o recém-nascido, mas numa escala menor.
O maior índice de contaminação da hepatite C em São Paulo é pelo uso de drogas injetáveis. Para esse tipo de vírus não existe vacina, mas há tratamento disponível na rede pública. Uma vez que o exame sorológico de detecção comprove a infecção e haja indicação de medicamentos, o paciente tem acesso imediato à terapia nos Ambulatórios de Especialidades da rede pública.
Publicado em:2024-07-03-15:04:57
Fonte: Assessoria de Comunicação