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"Paixão e Morte de Cristo” volta à cena após dez anos de ausência"
"Emenda Impositiva da Câmara Municipal e apoio da Prefeitura de Descalvado tornaram possível a reconstrução da peça para a Sexta-feira Santa"
O Grupo Teatral RAE - Raízes, Arte e Expressão - estará apresentando a peça “Paixão e Morte de Jesus Cristo” no próximo dia 7 de abril (Feriado de Sexta-Feira Santa), às 20 horas, no Campo Oficial do Ginásio Municipal de Esportes de Descalvado “Oswaldo Cardoso”, com entrada franca. Neste sábado, dia 1º de abril, acontece o último ensaio e ainda há vagas para figurantes.
A peça foi encenada em Descalvado de 1991 a 2012. Em 2009 passou a fazer parte do Calendário Oficial do Município através de um projeto do vereador José Sebastião Ricci e, saiu de cena nos últimos dez anos por vários motivos, entre eles a destruição do cenário e o desaparecimento dos figurinos após a última apresentação, além da pandemia causada pela Covid-19.
O diretor da peça, Décio Alfieri, esteve fora do munícipio por oito anos, retornando em 2020, em pleno período de pandemia, não podendo reunir o elenco da tradicional peça teatral. Segundo Alfieri, a população vinha cobrando a volta da encenação. “A paixão nossa por essa peça é enorme”, comenta o diretor que resolveu sacudir a poeira e trazer de novo a “Paixão e Morte de Jesus Cristo” na Sexta-Feira Santa.
Há três meses o Grupo RAE vem se reunindo e ensaiando a peça aos domingos e, neste sábado, dia 1º de abril, a partir das 18h, acontece o último ensaio antes da apresentação oficial, no campo do Ginásio de Esportes. Alfieri informa que ainda há vagas para figurantes e quem tiver interesse em participar é só comparecer durante o ensaio.
“Como ficamos muito tempo parados, várias pessoas que faziam a peça, ou mudaram de cidade ou faleceram e outras "esfriaram o entusiasmo", digamos assim, então estamos com aproximadamente 40 atores, desde criança até idoso, passando por todas as idades”, comenta o diretor da peça.
A retomada dessa importante peça teatral para Descalvado só foi possível através de uma Emenda Impositiva da Câmara Municipal de Descalvado, que destinou recursos financeiros para a criação e montagem do cenário, confecção dos figurinos, compra dos assessórios, pagamento de seguranças e a licença do Corpo de Bombeiros.
Essa é uma grande conquista para a arte e cultura do município que recebeu todo apoio e ação necessária de vários setores da Prefeitura Municipal, para que o recurso fosse aplicado, além da parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEEC).
Décio Alfieri faz questão de agradecer a todos que se empenharam para que a “Paixão e Morte de Cristo” voltasse aos palcos: Palue Madeiras, Agromec, Serralheria Bom Jesus, Penha Modas, Branco Adesivos, Junior Art's, Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Turismo (SELT), Secretaria Municipal de Finanças, Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEEC), em especial à diretora da Divisão Municipal de Cultura, Alessandra Paganotto; às igrejas e aos atores da peça.
Breve Biografia de Décio Alfieri
Dramaturgo, diretor, ator e poeta, Décio Alfieri tem uma vida dedicada à arte cênica e literatura poética. Escreve as peças teatrais, encena, dirige e faz poesias. Participou de vários festivais e concursos de poesias com premiação, só não tem ainda sua própria obra literária publicada.
Em 1991, Alfieri foi convidado por um grupo de jovens da Igreja Católica a participar da montagem da peça “Paixão e Morte de Cristo”. Em 1995, após a apresentação da peça, os atores resolveram fundar oficialmente o Grupo Teatral RAE estreando a peça “Marcelino Pão e Vinho” – adaptado do cinema para o teatro.
Alfieri escreveu outras peças de teatro entre elas “Manchete de Jornal” que fala da realidade de pessoas viciadas em drogas. A peça foi apresentada em Descalvado e em várias cidades da região. “Paraíso no Brasil” é uma obra satírica de Adão e Eva no início do mundo; “Demência” é uma estória que se passa num sanatório – com delírios de pacientes fantasiando serem rei e rainha; “Lendas de Descalvado” fala sobre o bebedouro de água da estação, sobre o Jardim Velho (sátira sobre quem se perdia dentro da praça) e, sobre a lepra e os ‘canequinhas’ – esta peça foi apresentada em um festival em São Paulo para quase 70 grupos de teatros do interior paulista.
A meta é retomar o trabalho e voltar a apresentar essas peças com um novo fôlego.
Publicado em:2023-03-30-16:54:32
Fonte: Assessoria de Comunicação