Notícias

Portal Descalvado | publicado 02/10/2017 09h56 | última modificação 02/10/2017 10:51:36

"Primavera: época em que as abelhas invadem a área urbana. Cuidado com os ataques"

"Homem em São Carlos foi atacado em uma praça e permaneceu internado. Em Descalvado houve dois chamados por invasão de abelhas ‘africanas’"

Primavera: época em que as abelhas invadem a área urbana. Cuidado com os ataques


Além da  estiagem prolongada, baixa nos reservatórios d’água e altas temperaturas,  a população tem que ficar alerta para um  fator frequente no início da Primavera: o aumento das colônias de abelhas em áreas urbanas. Vários casos  de ataques por abelhas foram registrados na região, em Descalvado o caso mais marcante foi no ano passado onde um comerciante foi atacado por um enxame, na região do Parque da FEPASA, tendo que  ser atendido no  Pronto Socorro.

A TV Regional noticiou na última terça-feira,  26, um ataque em massa  em uma praça, na cidade  de São Carlos. O homem que estava deitado num dos bancos foi pego de surpresa  na segunda-feira. Moradores que o socorreram disseram que havia abelhas até dentro  da boca. Ele permaneceu internado por alguns dias.

Só esta semana, a Equipe de Controle de Vetores da  Prefeitura recebeu dois chamados de formação de enxames de  abelhas, um numa praça de São  Sebastião, próxima à EMEI Profa. Vânia Zago e outro na Praça do Jardim  Velho, no  alto de uma árvore, bem próximo ao trailer de lanches.

Segundo o visitador Sanitário, servidor municipal João Batista Dionízio, a chegada  da Primavera com as floradas – período de maior concentração de néctar nas flores – é propício para atrair os enxames, que  cada vez mais estão sendo expulsos de seu habitat natural, devido às queimadas e o  emprego  de  agrotóxicos nas lavouras  de cana de açúcar.

Quando se percebe enxames  de  abelhas na área urbana a pessoa  deve informar ao Controle de Vetores pelo telefone (19) 3583.9917, que mediante inspeção da situação é providenciada a remoção das abelhas para um local apropriado ou, em  certas situações o  enxame  tem que  ser dizimado. O Controle de Vetores conta com o auxílio de apicultores experientes da cidade para realizarem esse trabalho.

Casos complexos, como o  do Jardim  Velho, a Equipe de Controle de Vetores  acionou o Corpo  de Bombeiros  de  Porto Ferreira, devido  à  altura que se  encontra o  enxame. De  acordo com relatos do proprietário do lanche, algumas pessoas que por lá passaram foram picadas.

No caso da Praça, localizada na Rua  Silvio Sicchiroli, Dionízio esteve  lá acompanhado de uma moradora que informou a presença das abelhas, com grande riscos para as crianças que  costumam brincar no local. As abelhas estavam  fazendo casa na caixa de força, localizada no chão.

De acordo com a experiência do visitador sanitário, as abelhas gostam muito desses locais e as pessoas devem tomar cuidado para não alvoroçá-las, pois muitas picadas podem ser letais para pessoas  alérgicas ou com pré-disposição à  alergias, bem como pessoas cardíacas. Enquanto numa pessoa a picada provoca apenas dor e inchaço, em outras pode desencadear o choque anafilático, com parada cardíaca e morte. A melhor medida é chamar quem entende do  assunto.  Em caso  de mais de  15 picadas o melhor é procurar o  auxílio médico.

Em 2016, neste mesmo período do ano, o Controle  de  vetores registrou inúmeras ocorrências com a presença de enxames na área urbana. A  espécie é a conhecida abelha ‘europa’  e ou ‘africana’, ataca ao se sentir ameaçada por pessoas e animais a menos de 15 m da colmeia. Sente vibrações no ar até uma distância de cerca de 30 m da colmeia e persegue os intrusos por cerca de 400 m ou mais.

Abelhas ‘africanizadas’

As abelhas utilizadas na apicultura brasileira são denominadas africanizadas, um híbrido de várias raças europeias e a africanas criadas no Brasil. São praticamente iguais no aspecto: protegem a colmeia e picam para defender-se; podem picar apenas uma vez (cada uma); têm o mesmo tipo de veneno; polinizam flores e produzem mel e cera.

Estabelecem colmeias em cavidades pequenas e em áreas protegidas, tais como: caixas, latas e baldes vazios, carros abandonados, madeira empilhada, moirões de cercas, galhos e ocos de árvores, garagens, muros, telhados, etc.

Publicado em:2017-10-02-10:51:36
Fonte: Assessoria de Comunicação